21 de mai. de 2015

Boa notícia aos estudantes: Aprovado o fim do estágio não remunerado




A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou nesta quarta-feira (20) projeto para determinar que todos os estagiários recebam bolsa ou outra forma de contraprestação, independentemente do tipo de estágio.


O autor do PLS 424/2012, senador Paulo Paim (PT-RS), argumenta que a Lei dos Estágios (11.788/2008) faz uma série de distinções entre os estágios não obrigatórios e os obrigatórios (cuja carga horária é exigida para a conclusão de alguns cursos técnicos ou de graduação, por exemplo). Nestes, é possível não ocorrer qualquer pagamento. Na opinião do senador, essa prática é discriminatória e poderia levar à exploração da mão de obra de estudantes cujos cursos incluem a obrigatoriedade de realização do estágio.

“Além do aprendizado que a prática do estágio promove, o trabalho realizado pelo estagiário gera benefícios importantes para as partes concedentes e deve, portanto, ser devidamente compensado”, diz ele.

Para a relatora na CAS, senadora Ana Amélia (PP-RS), os estágios obrigatórios oferecidos a título gracioso, sem qualquer tipo de remuneração para os estagiários, são exemplos de "exploração inaceitável de mão de obra", que deveriam ser coibidos pela legislação. A matéria vai à Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), onde terá decisão terminativa.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Sistema eletrônico do TJMA permite mais agilidade aos processos

Mais de 28 mil processos já estão tramitando eletronicamente no Poder Judiciário do Maranhão, gerando movimentações sem o uso de papel, conferindo agilidade e economia processual. As ações são cadastradas no sistema do Processo Judicial Eletrônico (PJe), gerenciado pelo Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), em 29 juizados especiais, oito turmas recursais e nas Câmaras Criminais Reunidas. Dentre os processos distribuídos, desde a implantação, em outubro de 2013, 8.929 foram julgados, decididos e sentenciados.
De acordo com dados da Diretoria de Informática do TJMA, durante o mesmo período, 8.923 audiências foram realizadas e 4.982 advogados cadastrados no sistema para o 1º Grau e 494 para o 2º Grau. Em 2014, foram capacitados, quanto ao uso do PJe e suas funcionalidades, 51 magistrados, 363 servidores, além de multiplicadores da OAB, Defensoria e Promotoria, totalizando 24 turmas e 62 treinamentos promovidos pela Diretoria de Informática e por integrantes do Comitê Gestor.
O total atingido superou a meta de implantação do PJe definida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para os tribunais estaduais, que era de 10% das unidades judiciais de 1º e 2º graus, no ano passado.
Expansão – O sistema PJe deverá ser expandido pelo Tribunal para mais 50 unidades jurisdicionais de 1º Grau e outras 14 de 2º Grau, até o final de 2015. O programa de expansão foi avaliado pelo comitê gestor de implantação e beneficiará as comarcas da Ilha (termos de São Luís e São José de Ribamar), Timon e Imperatriz, incluindo todas as classes processuais, exceto as de natureza penal e infracional.
A Divisão de Acompanhamento de Dados Estatísticos estima que a expansão do PJe nas unidades jurisdicionais de 1º Grau, programadas para 2015, resulte no protocolo de 52 mil processos eletrônicos por ano. Já no âmbito do 2º Grau, a estimativa gira em torno de 11 mil novos casos – ações originárias e recursos – em suporte eletrônico. A instalação nas demais unidades deverá ser concluída até o final de 2017, conforme a Portaria nº 525/2014.

O Imparcial

22 de abr. de 2015

Música maranhense é selecionada no Festival Nacional de MPB de Pereira Barreto


A canção ‘O poema e o poeta’, composta e interpretada por Clauber Martins e Lena Garcia, da Região Sul do Maranhão, foi selecionada no 16º Festival Nacional de MPB de Pereira Barreto - SP. Ainda no começo de maio os dois cantores seguem para São Paulo em busca do prêmio de melhor música e a aclamação popular no palco Multieventos da Praia Municipal ‘Pôr do Sol’.

Os músicos concorrem com uma composição onde o lirismo da letra baila com o belo dueto de seus intérpretes, mostrando a história do poema e o poeta, os lugares onde viram, os momentos que passaram que para eles estão por toda parte. “O que me inspirou foi justamente a viagem que o poema musicado me proporciona. E de mãos dadas com ele me veio essa cantiga linda.”, conta o compositor Clauber Martins.

Com 18 anos de carreira, Lena Garcia já concorreu em vários festivais de música, dentre eles estão os maranhenses: FAIMP (Festival Aberto de Imperatriz) e FABER (Festival Aberto Balneário Estância do Recreio), nesse último foi eleita melhor intérprete. Em São Luís, no 1º Festival João do Vale, ganhou os prêmios de 1º lugar e Melhor Intérprete. Com as cantoras Dicy Rocha e Helyne Carvalho venceu também a terceira edição do mesmo festival.  Em 2012, conquistou o segundo lugar no Festival de Música de Pinheiro. Ao longo de sua carreira, a intérprete, compositora e instrumentista imperatrizense, abriu shows de artistas reconhecidos nacionalmente como, Kid Abelha, Marina Lima, Zeca Baleiro, Chico César, Natiruts, Tetê Espíndola, Jorge Mautner, Nilson Chaves e Zé Geraldo. Atualmente, Lena Garcia prepara-se para gravar seu primeiro CD profissional.

Clauber Martins é de Grajaú, e iniciou-se musicalmente aos oito anos de idade quando ganhou de presente (do seu pai) seu primeiro violão. A música popular brasileira e principalmente nordestina, sempre foi caracterizada nas interpretações e suas composições. Com três CDs gravados, várias participações em festivais por todo o país, o cantor coleciona troféus. Residindo há 11 anos em Marabá-PA, o compositor está concretizando o seu mais novo projeto fonográfico intitulado ‘Coisas de Cantador’, com composições suas, parcerias e participações de cantadores de expressão nacional.

Sobre o Festival

O Festival de Música Popular Brasileira de Pereira Barrreto é realizado todos os anos desde o ano de 2000 e tem por finalidade aprimorar e desenvolver a cultura musical, incentivar a música popular brasileira, valorizar os adeptos da música, descobrir novos talentos e aumentar o intercâmbio artístico-cultural. Músicos renomados no cenário nacional vêm de todos os cantos do país, para participar do evento e divulgar o seu trabalho. O evento também recebe shows de artistas reconhecidos nacionalmente. Atrações como, Jair Oliveira e Luciana Oliveira com tributo a Jair Rodrigues, Demônios da Garoa, entre outros.

Fonte: Kelly Campos



18 de fev. de 2015

Carnaval imperatrizense resgata a união das famílias



Criticado por uns e aclamado por uma maioria, o carnaval de Imperatriz reuniu esse ano o melhor da festa que é tradição em todo o país. Famílias se reuniram entre as Praças Mané Garrincha e Praça da Cultura ao som das velhas marchinhas e fanfarras carnavalescas. 

Se para os mais moderninhos tais ‘hits’ soam um tanto retrógrados, para a criançada foi sucesso absoluto. E elas chamaram a atenção na festa ‘dos adultos’. Fantasiadas a caráter e a rigor, se divertiram com seus pais, irmãos, titios e deram um brilho a mais ao carnaval da cidade. A graciosidade e liberdade com que elas transitavam junto às suas famílias foi uma demonstração clara de que brincar com segurança faz toda a diferença. 
Foto: Acervo da Ascom da Prefeitura de Imperatriz

Na concentração da Praça da Cultura, toda uma estrutura organizada para proporcionar segurança, comodidade e diversão aos brincantes. “Já é o terceiro ano seguido que escolhemos ficar em Imperatriz para nos divertir. Gosto muito mais desse carnaval de blocos e marchinhas do que aquele aos moldes baianos”, disse a dona de casa Rosa Maria. Acompanhada do esposo, filhas e da neta de quatro anos, ela conta que além da alegria que a festa os proporciona, as músicas e os blocos trazem-lhe à tona um saudosismo da infância. “É um resgate maravilhoso”.

Os brinquedos instalados na praça, as espumas em spray, os blocos, as brincadeiras inocentes, tudo fez parte da folia. Para o casal Emílson e Marilda, pais de Gustavo, João Guilherme e Lucas, não tem oportunidade melhor para mostrar a festa aos filhos e curtir com eles. “O carnaval está aprovado, principalmente por permitir que nossas crianças participem da festa", comenta Marilda.

Para a galera que curte mais um carnaval moderno, a festa não deixou a desejar. Todas as noites foram encerradas ao som do melhor do carnaval baiano, com bandas do circuito nacional como Patchanka e Axerife. "Não tem motivo pra sair daqui, nosso carnaval tá bom demais", exclamou o jovem Raílton, acompanhado de uma turma de amigos. 

26 de jan. de 2015

Complexo Turístico Chapada das Mesas ganha reforço do Governo do Estado


Buscando desenvolver o turismo no entorno do Parque Nacional da Chapada das Mesas, prefeituras e o Governo do Estado através da Secretaria de Turismo elaboraram um projeto para incentivar o setor na região. Os municípios contemplados com o projeto são Imperatriz, Estreito, Balsas, Porto Franco, Montes Altos, Tasso Fragoso, São João do Paraíso, Carolina e Riachão.
Durante realização de reunião técnica em Imperatriz, foram traçadas as primeiras ações em prol da criação do Pólo Turístico Chapada das Mesas. Segundo Lizandra Carvalho, Turismóloga da Superintendência de Turismo do município, o projeto visa transformar o ecoturismo na região com foco no mercado nacional e internacional. “A ideia é criar produtos turísticos ou roteiros turísticos, integrando as cidades do entorno da Chapada das Mesas”, explica.
Após a reunião, uma comitiva formada pela Secretária de Turismo do Estado, prefeitos e empresários da região partiu para Carolina a fim de conhecer de perto o emergente polo turístico.
Segundo Delma Andrade, secretária de turismo do Estado, o objetivo da visita à Chapada das Mesas já no primeiro mês de governo de Flávio Dino é aproximar a equipe da SETUR do trade local e levantar as principais demandas dos prestadores de serviço que atuam na cadeia turística da região Tocantina. “A meta desse novo governo é trabalhar com resultados que demonstrem melhoria em todos os setores. Então devemos começar o quanto antes nosso trabalho em campo para colher todas as informações necessárias ao planejamento do trabalho em prol da Chapada das Mesas e conhecer a história da região, das pessoas, para também aprender com eles”, conclui.

O Parque Nacional da Chapada das Mesas

Cachoeira do Capelão, Pedra Caída (Carolina - MA)
Criado em 2005 com o objetivo de ampliar a proteção aos biomas do cerrado, o parque conta hoje com uma área de 160 mil hectares e é um dos principais roteiros de turismo de aventura no estado. O lugar é repleto de cachoeiras fantásticas que formam piscinas naturais e refrescam nos dias mais quentes. Lá a natureza também domina com uma bela vegetação, composta predominantemente de espécies do Cerrado, Amazônia e Caatinga.

Poço Azul (Riachão-MA) Foto: Priscila Gama
Para quem gosta de caminhada, a Chapada das Mesas oferece belas opções de trilhas, e passeios com direito a lindas paisagens. Na Cachoeira de Pedra Caída, o visitante encontra uma bela piscina natural formada entre os paredões rochosos. Para os mais aventureiros, vale muito um passeio no teleférico ou na tirolesa. Já em Poço Azul (Riachão), as piscinas naturais de coloração azul celeste geram encantamento em todos que o visitam.


É preciso bastante tempo de viagem para conhecer a Chapada inteira, com todas as suas cachoeiras, grutas, poços, rios, pequenas cidades e passeios radicais. Todo o local é uma mistura de história, natureza e aventura que encanta qualquer pessoa que o visita.










Com dados da Ascom (Prefeitura de Imperatriz)

30 de out. de 2014

Picadinho à Von Richthofen

Desde 2002 quando fora condenada pela morte dos pais, a mocinha de família, cara de anjo e acima de qualquer suspeita, Suzane Von Richthofen (30) tem brindado a imprensa nacional e até a internacional com muitas pautas. Algumas bastante quentes, como a ultima: Suzane se uniu em setembro com Sandra Regina Gomes, condenada a 27 anos de prisão pelo sequestro de uma empresária em São Paulo. Sandra é ex-namorada de Elise Matsunaga, presa por matar e esquartejar o marido Marcos Matsunaga, em 2012. 


Recém-intitulada de pastora na penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé (SP), Suzanne foi expulsa da ‘ala gospel’ do presídio após a união homoafetiva.  Por lá ainda permanece a também pastora, Carolina Jatobá, aquela mesma, que jogou uma criança de cinco anos de cima de um prédio com a ajuda do pai da garotinha. Os crentes são bem complacentes com assassinos cruéis, agora, viadagem não! Aí já é molecagem!

Pessoas ligadas a Elize e Sandra disseram que as duas estavam juntas desde o início do ano e que o relacionamento acabou por causa de Suzane. As três trabalhavam na fábrica de uniformes da prisão, onde Suzane é chefe. O triângulo amoroso acabou rompendo a amizade entre elas. 


Cá para nós, não dá pra acreditar em nada que venha de Suzanne. Sua inconstância soa sempre com oportunismo, e dessa vez, ela parece alheia ao risco que corre. Roubar a mulher de Elisa Matsunaga é mesmo um ato de extrema coragem. Acho que em breve o restaurante do presídio pode apresentar uma nova iguaria da culinária in cárcere: Picadinho à Von Richthofen.

3 de out. de 2014

Nazifascismo pós-moderno e gospel, à brasileira


Desde 1891, quando o catolicismo deixou de ser a religião oficial do país, as instituições religiosas participam do debate público, quase sempre, fundamentando inúmeras posições com base na fé e na doutrina.

Essa semana, o pronunciamento de um dos candidatos à presidência da república, Levy Fidelix, chocou grande parte da população, em contrapartida, ganhou forte apoio de uma parcela considerável de brasileiros que, por regirem suas vidas pela religião, não compreendem que isso não cabe a um estado laico. Isso não significa, porém, que aqueles que professam determinada religião não tenham direito de exercer sua cidadania, expressar sua opinião. O problema é quando a opinião extrapola a liberdade e o direito do outro, e pior, estimulam a violência e o preconceito.

As minorias, que segundo Levy Fidelix devem ser ‘combatidas’ pela maioria, já tem sido alvo de combate há muito tempo. Foi assim com os judeus, na Alemanha. Com os negros, na África do Sul, e com tantas outras minorias massacradas e dizimadas ao longo da historia. A bola da vez são os homossexuais.


O que Levy (ano) Fidelix e todos que compartilham de sua ‘opinião’ precisam compreender é que o debate público não comporta o pensamento religioso, pois questões de convicção pessoal não podem servir como baliza para decisões que envolvem toda uma sociedade — que inclui também ateus, agnósticos e pessoas das mais diversas religiões. E ainda que fossemos uma nação puramente cristã, que tipo de cristianismo defenderíamos? Que passagens das escrituras deveriam instruir as nossas políticas públicas? Deveríamos escolher o Levítico, como citou a moça no post acima, revelando pontual terrorismo e apologia ao assassinato de homossexuais? Ou deveríamos escolher Deuteronômio, que sugere apedrejar seu filho se ele se desviar da fé?

Sim, você pode até não concordar com a homossexualidade, mas se você pretende que sua opinião seja aceita numa sociedade tão pluralista como a nossa,  não poderá recorrer aos ensinamentos de sua igreja ou ao que a bíblia diz a esse respeito. A democracia e o Estado laico exigem que você explique por que a homossexualidade viola algum princípio que é aceitável a pessoas de todas as crenças, incluindo aqueles sem fé alguma. Que tarefa árdua para um crente, não é mesmo? Ainda mais para estes, que rezam na cartilha de malafaias, felicianos e bolsonaros e que geraram esta criatura, chamada Levy Fidélix,  uma personificação pós-moderna de Hitler.

É claro que a comunidade LGBT e todos que tem o mínimo de bom senso nesse país não concordaram e repudiaram as palavras do presidenciável, agora, eu tive a infelicidade de ver e ouvir pessoas próximas a mim, concordando em gênero, número e grau.

Os heterossexuais cristãos ‘defensores da família’ chegam a falar em ‘perseguição’, que a cassação do candidato é uma arbitrariedade, que os gays querem criar uma ditadura gayzista, e que querem dominar o mundo (oi?).  Os homossexuais são uma espécie de capiroto feat.  besta fera do apocalipse e estão planejando erguer o que eles chamam de ‘nova ordem mundial’.

Agredir, ofender e matar agora são 'bons costumes' ou 'defesa da família'. Eu pergunto: a de quem? A minha que não é! São atitudes como essas que reforçam a URGÊNCIA de uma lei de criminalização da HOMOFOBIA.

Como bem expressou o filosofo Paulo Ghirardelli, “A reação da comunidade LGBT é diretamente proporcional ao ataque sofrido. Pede-se ‘processo’, mas na verdade o que se quer é linchamento. Assim foi Fidelix em relação ao gays: ‘fora da sociedade, gays!’. E assim foi em idêntica medida, a reação a Fidelix: ‘fora do mundo, Fidelix!’. Estamos montando vagarosamente um pequeno fascismo na alma de cada um”.




Ref. Disc. Barack Obama

16 de set. de 2014

(Re) Publicando: Minha Imperatriz - Por : João Saraiva de Sousa

Você já conhece a Imperatriz dos jornais, dos noticiários, dos políticos... Mas hoje,  trazemos o relato de um simples pescador, como muitos aqui, Imperatrizense por adoção. João Saraiva de Sousa fala da paixão por um dos nossos maiores cartões postais, o Rio Tocantins,  e traz um alerta para a sociedade, que em sua maioria, age com descaso em relação ao rio.





23 de jul. de 2014

O Simpático oficial

Por Priscila Gama


Arena multicultural do 9° Salão do livro de Imperatriz. “Gente jovem reunida” aguarda para ouvir as sábias e espirituosas palavras de um senhor de 84 anos, cabelos brancos, passos lentos e voz rouca que ele mesmo definiu como “feia”. Somos cerca de 500 privilegiados ouvintes de Ariano Suassuna, o convidado ilustre desta 9° edição do SALIMP.

E ele começa a falar. Tão leve, tão à vontade, que o ambiente vai se assemelhando aquelas reuniões de família aos domingos. E por falar em domingo, ele se assusta com tanta gente ali, disposta a ouvi-lo em pleno dia de descanso. “Se fosse eu, vinha nada”! Brinca com o público.

Ariano não gosta de viajar. Divide as viagens de avião em duas categorias, as tediosas e as fatais. Ele não gosta da banda calypso (rs). “Onde já se viu dizer que essa banda é a cara do Brasil? Quero saber baseado em que afirmam um absurdo desses”, solta ao falar de uma reportagem na Folha de São Paulo exaltando a banda. “A língua portuguesa precisa ser respeitada, gastar um termo como “genial” pra falar do Chimbinha? O que vamos dizer de Bethoven?”; Ele também não gosta da americanização do Brasil, da desvalorização de seu povo e sua cultura, de gente que fala mal dos outros pela frente “é muito feio, é um constrangimento”, fala enquanto recebe aplausos e gargalhadas.

Ariano gosta de gente, gosta de gastar tempo conhecendo gente, é um amante do circo e da cultura como um todo. Ariano é também um grande colecionador de historias, e faz recorte delas para se adequar ao tempo disponível. “Não me deixem falar demais, se vocês deixarem eu desando a falar e não paro”. Mas ninguém queria pará-lo. Cada “causo” era recebido com aquele sorriso escancarado, com aquela sensação de que estávamos numa aula, recebendo lições de vida, agregando conhecimento e sabedoria.

Só mesmo quem esteve ali naquela arena, conhecendo os “oficiais” personagens citados por Ariano Suassuna compreenderá o porquê de ele merecer o titulo de “simpático oficial”.




*Publicada originalmente em 26/06/2011
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